
O cancro é uma doença causada por várias espécies de fungos, tais como o Cryphonectria cubensis, ocorre praticamente em todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo, onde o eucalipto é plantado.
No Brasil, esta doença já foi registrada desde o estado de Santa Catarina até a região Amazônica, ocorrendo com maior severidade na região do Vale do Rio Doce, Minas Gerais e em certas áreas do estado de São Paulo.
A doença pode ser causada por fatores abióticos, sendo por danos mecânicos nas operações silviculturais ou bióticos, por patógenos, fungos, por exemplo.
O cancro é uma doença que ocorre tipicamente em plantações, possui uma sintomatologia variada, podendo atacar plantas de cinco meses de idade até o final do ciclo de rotação. Uma das principais doenças do eucalipto, podendo causar deformidades ou até mesmo a morte. As plantas mais jovens, por serem mais sensíveis e apresentarem diâmetros menores podem morrer devido ao anelamento feito em sua base. Em árvores mais velhas, pode causar lesões profundas, interferindo rendimento volumétrico do plantio, prejudicando assim o desenvolvimento da árvore e afetando a sua produção, causa também interferências na brotação ou ausência da mesma. (FERREIRA, 1989; KRUGNER, 1980). Os tombamentos causados pelo vendo podem ocorrer em altas proporções em grandiosas em áreas plantações com espécies suscetíveis. As árvores atacadas como resposta formam calos, que impedem a planta de sofrer anelamento do tronco pela lesão e em consequência evitam a sua morte, pois a lesão encontra-se delimitada no calo. Todavia, os calos impedem a morte da planta, porem não impedem que a planta perca produtividade, pois com o ataque a planta tem o ritmo de crescimento afetado negativamente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, F.A. Doenças do eucalipto. In: FERREIRA, F.A., ed. Patologia florestal;
principais doenças florestais no Brasil. Viçosa: SIF, 1989. p.25-243.
HODGES, C.S.; REIS, M.S.; FERREIRA, F.A.; HENFLING, J.D.M. O cancro do
eucalipto causado por Diaporthe cubensis. Fitopatologia Brasileira, Brasília,
v.1, p.129-170, 1976.