quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Você sabe como vai ser o setor da Celulose em 2013?



O setor de celulose deverá ver uma melhora nas exportações e nos preços da commodity em 2013, assim como níveis de endividamento de suas principais empresas no Brasil, mas ainda não o suficiente para trazer alívio ao segmento.

Segundo analistas, a expectativa é de que China e Estados Unidos aumentem importações,  mas a demorada recuperação da Europa, o principal mercado da celulose brasileira, ainda irá pesar sobre o setor. Além disso, a entrada de novas capacidades poderá pressionar os preços da tonelada.

Além da crise da dívida na zona do euro, a lenta recuperação econômica dos EUA e a desaceleração na China prejudicaram as exportações da celulose brasileira, que acumulam queda de 0,8 por cento no acumulado deste ano até outubro, ante o mesmo período de 2011, segundo dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa).

No segundo semestre deste ano, a China retomou as compras de celulose, o que possibilitou a elevação de preços pelas fabricantes Fibria e Suzano em outubro. Para França, essa retomada chinesa deve continuar em 2013, o que guiará uma melhora no setor, mas que pode não ser suficiente para produzir uma alta significativa nos preços da commodity.

Para o economista, a crise na região europeia irá pressionar também os preços da tonelada do insumo. "A gente espera estabilidade no preço (em 2013 vs 2012), mas se não fosse a Europa, seria melhor."

Já o analista Victor Penna, do BB-Investimentos, acredita que a tendência para os preços é de queda, devido à entrada em operação de novas fábricas, elevando a capacidade de produção do setor.

"Tem a Eldorado (inaugurando fábrica) neste ano, a Stora Enso no ano que vem, então, o preço tende a cair", afirmou.

A brasileira Eldorado inaugura neste mês uma fábrica em Três Lagoas (MS). A Stora Enso deve inaugurar em 2013 sua planta em Montes del Plata, no Uruguai, por meio de uma joint venture com o conglomerado chileno Copec. Já a Suzano inicia as operações na unidade que está sendo construída no Maranhão no fim do próximo ano.

A agência de classificação de riscos, Fitch Ratings, também destacou a entrada em operação de novas fábricas em um relatório sobre o setor, divulgado na semana passada.

"Os preços da celulose devem permanecer sob pressão, uma vez que a capacidade de produção de celulose no mercado global deve aumentar cerca de 8% nos próximos 12 meses, e demanda, cerca de 2%", afirmou o diretor-executivo e autor do relatório, Joe Bormann, em nota.

"Para os produtores de celulose na América Latina, o fluxo de caixa livre deve apresentar melhora em relação a 2012, mas continuará negativo. Os investimentos deverão começar a diminuir gradualmente, após atingirem patamares elevados em 2012. As aquisições também devem diminuir, à medida que as companhias busquem fortalecer seus balanços patrimoniais."

ALAVANCAGEM DAS EMPRESAS

Em meio à busca das empresas por melhorar seus resultados financeiros, Penna, do BB-Investimentos, acredita que o nível de endividamento poderá apresentar melhoras, mas lembrou que a situação das duas principais empresas do país no setor é diversa.

"A Suzano está em um nível mais preocupante. Por questão cambial, ela pode voltar a ter lucro em 2013, mas (entrada em operação de planta no) Maranhão pode pressionar. A Fibria está segurando expansão. Esse investimento de 1,25 bilhão para 2013 está em linha com este ano", disse.

A própria diretoria da Suzano já afirmou que o nível de alavancagem da empresa deverá atingir um pico em 2013, com os investimentos para iniciar as operações da fábrica de Maranhão, passando a diminuir apenas em 2014.
A Fibria, por sua vez, anunciou na semana passada investimentos de até 1,25 bilhão de reais em 2013. Em entrevista à Reuters, o diretor de finanças e relações com investidores, Guilherme Cavalcanti, afirmou que a empresa continua esperando uma melhora no cenário econômico para dar continuidade aos seus planos de uma nova unidade em Três Lagoas (MS).

Fonte: Painel Florestal editado.

Clinômetro: você sabe utilizar?




Em conversa com alguns engenheiros florestais, percebi que mesmo formados, não se sentiam seguros ao uso de instrumento, sejam por essa tecnologia não estar disponível em sua época acadêmica ou mesmo por falta de uso do mesmo. 

Ante o exposto, com o intuito de atualizar e fortalecer os conhecimentos florestais criei este texto explicativo, espero que gostem.

O clinômetro eletrônico é um instrumento eletrônico de medição de inclinações e alturas. A partir de uma distância previamente medida manualmente e dois ângulos medidos pelo clinômetro, ele calcula e apresenta a altura do objeto diretamente no visor. Como todos os dados são processados pelo instrumento qualquer risco de erro de cálculo é eliminado. Todas as funções do aparelho operam com um único botão.

Agora que você já sabe o que é um clinômetro, vamos ao aprendizado de como utilizá-lo, é só seguir os seguintes passos:

1. Defina a qual distância da arvore você pretender ficar, a medida dessa distancia deve ser feita manualmente, com o auxilio de uma trena. Exemplo: 10, 20, 25 metros, etc.

2. Mirar a base da árvore com o clinômetro e os dois olhos abertos, um olhando para a árvore e o outro olhando para o visor do clinômetro;

3. Dar um clique rápido para aparecer a tela DIST (distância) até a árvore; para ajustar a distância segure o botão e mexa o clinômetro para cima (para aumentar a distância) ou para baixo (para diminuir a distância) até atingir a distância desejada;

4. Dar um clique curto para mudar a tela para DEG (declividade);

5. Mirar o clinômetro na base da árvore e dar um clique longo para fixar o valor da declividade;

6. Dar um clique curto para mudar a tela para HGT (altura);

7. Subir olhando com o clinômetro até o topo da árvore, sem tremer, e dar um clique longo para fixar a altura;

Pronto, a altura está definida. 




segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Série doenças: Cancro no Eucalipto





O cancro é uma doença causada por várias espécies de fungos, tais como o Cryphonectria cubensis, ocorre praticamente em todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo, onde o eucalipto é plantado. 

No Brasil, esta doença já foi registrada desde o estado de Santa Catarina até a região Amazônica, ocorrendo com maior severidade na região do Vale do Rio Doce, Minas Gerais e em certas áreas do estado de São Paulo.

A doença pode ser causada por fatores abióticos, sendo por danos mecânicos nas operações silviculturais ou bióticos, por patógenos, fungos, por exemplo.

O cancro é uma doença que ocorre tipicamente em plantações, possui uma sintomatologia variada, podendo atacar plantas de cinco meses de idade até o final do ciclo de rotação. Uma das principais doenças do eucalipto, podendo causar deformidades ou até mesmo a morte. As plantas mais jovens, por serem mais sensíveis e apresentarem diâmetros menores podem morrer devido ao anelamento feito em sua base. Em árvores mais velhas, pode causar lesões profundas, interferindo rendimento volumétrico do plantio, prejudicando assim o desenvolvimento da árvore e afetando a sua produção, causa também interferências na brotação ou ausência da mesma. (FERREIRA, 1989; KRUGNER, 1980). Os tombamentos causados pelo vendo podem ocorrer em altas proporções em grandiosas em áreas plantações com espécies suscetíveis. As árvores atacadas como resposta formam calos, que impedem a planta de sofrer anelamento do tronco pela lesão e em consequência evitam a sua morte, pois a lesão encontra-se delimitada no calo. Todavia, os calos impedem a morte da planta, porem não impedem que a planta perca produtividade, pois com o ataque a planta tem o ritmo de crescimento afetado negativamente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, F.A. Doenças do eucalipto. In: FERREIRA, F.A., ed. Patologia florestal;
principais doenças florestais no Brasil. Viçosa: SIF, 1989. p.25-243.

HODGES, C.S.; REIS, M.S.; FERREIRA, F.A.; HENFLING, J.D.M. O cancro do
eucalipto causado por  Diaporthe cubensis. Fitopatologia Brasileira,  Brasília,
v.1, p.129-170, 1976.

domingo, 30 de setembro de 2012

I Simpósio de SIlvicultura Urbana e I Dia de Campo de Arboricultura




As árvores em vias públicas e demais áreas livres de edificação são constituintes da floresta urbana, atuam sobre o conforto humano no ambiente, por meio das características naturais da vegetação arbórea, proporcionando sombra para pedestres e veículos, redução da poluição sonora, melhoria da qualidade do ar, redução da amplitude térmica, abrigo para pássaros e harmonia estética amenizando a diferença entre a escala humana e outros componentes arquitetônicos como prédios, muros e grandes avenidas.

Como parte das atividades planejadas para o ano corrente e entendendo a relevância do tema, o Grupo PET Engenharia Florestal promoverá o I Simpósio de Silvicultura Urbana. O evento inovador pretende aprofundar o conhecimento sobre o tema, através de palestras ministradas por profissionais atuantes e pesquisadores da área. O I Dia de Campo de Arboricultura têm o intuito de promover os principais tratos culturais do elemento central do nosso evento, a árvore.

O Primeiro Simpósio de Silvicultura Urbana em paralelo ao Dia de Campo de Arboricultura na cidade de Botucatu. O encontro deve reunir estudantes, pesquisadores, técnicos agrícolas e florestais, além de urbanistas e gestores, entre os dias 29 e 31 de outubro.


As inscrições já estão na segunda etapa, e ficam em R$ 60 para estudantes de graduação, R$ 80 para pós-graduação e R$ 120 para profissionais.

Mais informações no site: http://fepaf.org.br/Cont_Default.aspx?curso=816

Confira a programação

• Segunda-feira (29/10)
18:00 – 18:15 : Inscrições e entrega de materiais
18:15 – 18:30 : Abertura
18:30 – 19:30 : Histórico e evolução das cidades e problemas ambientais - Prof.Dr. Roberto Braga (Unesp - Rio Claro)
19:30 - 20:00 : Coffee Break
20:00 - 21:00 : Conceitos sobre sillvicultura urbana - Prof.Dr. Luís Mauro S. Magalhães (UFFRJ - Rio de Janeiro)

• Terça-feira (30/10)
18:00 - 19:00 : Técnicas de diagnóstico - Prof.Dr. Demóstenes Ferreira da Silva Filho (USP - Piracicaba)
19:00 - 20:00 : Florestas urbanas - Prof.Dr. Wantuelfer Golnçalves (UFV - Viçosa)
20:00 - 20:30 : Coffee Break
20:30 - 21:30 : Espécies nativas regionais na silvicultura urbana - Profa.Dra. Denise Laschi (Unesp - Botucatu)

• Quarta-feira (31/10)
08:00 - 08:30 : Pragas na silvicultura urbana - Prof.Dr. Carlos Frederico Wilcken (Unesp - Botucatu)
08:30 - 09:00 : Doenças que afetam espécies na silvicultura urbana - Prof.Dr. Edson Luis Furtado (Unesp - Botucatu)
09:00 - 09:45 : Análise do risco de queda de árvores urbanas - Raquel Dias Aguiar M. Amaral (Eng. Agrônoma - IPT)
09:45 - 10:15 : Coffee Break
10:15 - 11:00 : Técnicas de manejo de arborização urbana - Silvana Bortoleto (Plant Care)
11:00 - 11:30 : Lanche
11:30 : Oficinas: Transplante, poda, risco de queda, pragas e doenças.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Confirmado o ciclo 2013 do Programa de Preparação de Gestores Florestais




A capacitação de profissionais que atuam na área florestal sempre foi um dos alicerces de atuação do IPEF desde sua fundação em 1968. Tanto que no seu Plano Estratégico IPEF 2020, existe um objetivo específico que contempla este ramo de atuação. Como parte de suas atividades de capacitação e aperfeiçoamento profissional, o IPEF lança o 3º Ciclo do Programa de Preparação de Gestores Florestais (PPGF 2013), programa que visa a aproximação de engenheiros florestais recém-formados de professores, pesquisadores e profissionais com grande experiência, e que atuam em empresas do setor florestal.
Como nos ciclos anteriores, a realização do PPGF 2013 só é possível devido ao importante apoio das empresas associadas, que dão suporte logístico e financeiro para o programa.Caxuana, Cenibra, Duratex, Eldorado Brasil, Eucatex, Fibria, Gerdau, Klabin, Suzano, Veracele V&M Florestal são as empresas que apóiam este novo ciclo.
Com a experiência adquirida, novos ajustes foram efetuados, tanto no formato, como na estrutura do programa. Porém, a essência dos objetivos permaneceu, ou seja, é um evento gratuito, aberto exclusivamente para engenheiros florestais recém-formados (que estarão terminando o curso em 2012), oriundos de qualquer universidade brasileira. Uma particularidade deste ciclo foi a preocupação com os recém-formados oriundos de universidades federais que passaram por greves em 2012. Por isso os prazos de inscrições, seleção e realização foram ampliados.
Os módulos que fazem parte do PPGF 2013 serão: Integração, Gestão de Pessoas, Finanças, Processos Produtivos, Sustentabilidade e Estratégico.  Além disso, estão previstas quatro visitas técnicas, a três empresas associadas e uma instituição da área florestal.
As inscrições poderão ser feitas no período de 03 de setembro até 30 de novembro, e o processo de seleção ocorrerá nos meses de dezembro e janeiro. A realização do PPGF 2013 será no período de 04 de março a 11 de abril de 2013, na unidade IPEF Monte Alegre, em Piracicaba (SP). Mais informações estão disponíveis no site do IPEF, emhttp://www.ipef.br/gestores/
Fonte:  IPEF

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Instituto de Botânica paulista inaugura novo viveiro de plantas



O Instituto de Botânica de São Paulo (IBot) vai inaugurar um novo viveiro de plantas no dia 6 de junho, data em que é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente. A instalação servirá para a reprodução de espécies e o fornecimento de material para estudos.


Mais de 200m² da área total do viveiro - 700m² - serão destinados a espécies que necessitam de sombreamento, enquanto o restante abrigará plantas provenientes de zonas ensolaradas. De acordo com o instituto, o espaço possibilitará a realização de estudos integrados e específicos de diferentes grupos de plantas cujas características podem definir melhor os modelos de restauração e conservação dos ecossistemas.
O espaço também possibilitará pesquisas na área de produção de mudas para subsidiar os projetos desenvolvidos pelo IBot e pela Secretaria de Meio Ambiente. Entre os projetos estão o cultivo de espécies nativas para a restauração ecológica de áreas degradadas, a formação de um banco de germoplasma de plantas resgatadas em diversas regiões, e a manutenção de coleções vivas do Jardim Botânico - como a coleção de espécies raras e ameaçadas, para fins de conservação biológica.
O herbário do Instituto de Botânica reúne um acervo de dois séculos de amostras da flora brasileira, em grande parte representativa do estado de São Paulo. Conta atualmente com 460 mil exsicatas de plantas e fungos, distribuídas por todos os grupos vegetais (algas, fungos, briófitas, pteridófitas e fanerógamas).
"Atualmente, é o terceiro maior herbário do Brasil, com reconhecimento e indexação nacional e internacional, mantendo intenso intercâmbio com instituições congêneres, em todo o mundo, e abrigando uma das coleções mais importantes de plantas oriundas da Mata Atlântica do Estado de São Paulo", disse Luiz Mauro Barbosa, diretor geral do IBot.
Fonte: Estadão

terça-feira, 22 de maio de 2012

Veta Dilma?


Tem-se que o relatório final, aprovado pela Câmara, somente apontou 21 pontos de discordância do texto


Alastram-se, pelos meios de comunicação, campanhas pleiteando o veto presidencial ao “Novo Código Florestal”, encaminhado à Presidente da República no último dia 07 de maio. O slogan “Veta, Dilma!” já é nacionalmente conhecido e anda dando o que falar.

Diante deste quadro, é preciso esclarecer um ponto ainda pouco levantado na discussão sobre a promulgação ou não do Novo Código: o Projeto de Lei 1879/99 (Novo Código Florestal), fora aprovado de forma quase absoluta, em praticamente todo seu teor, pelas duas casas legislativas, pelo que o veto presidencial à nova Lei seria trágico reflexo de um resquício autoritarista no país.

É preciso atentar-se para o fato de que, a despeito das opiniões e campanhas em contrário, o trabalho final das casas legislativas fora aprovado com significante margem de votos: em um primeiro momento, na Câmara, foram 410 votos favoráveis e somente 63 contrários; em um segundo momento, no Senado, após as emendas realizadas pelo mesmo, foram 59 votos favoráveis e 9 contrários. E, em um terceiro momento, novamente na Câmara, quando a divergência não mais se encontrava na aprovação ou não do Código, se resumindo ao acatamento ou não das emendas propostas pelo Senado, a aprovação se deu por 228 votos, contra 184; mantendo a casa iniciadora praticamente todas as alterações propostas pela casa revisora, unificando, assim, o posicionamento do Congresso Nacional.

Tem-se que o relatório final, aprovado pela Câmara, somente apontou 21 pontos de discordância do texto aprovado pelo senado. Sendo que, destes, somente aquele que se refere à recuperação da margem de rios com largura superior a 10 metros é realmente polêmico e pode acarretar uma diferença normativa expressiva; os demais, na prática, não alteram de forma significativa o conteúdo da norma. Enfim, o Código aprovado no Senado e na Câmara é praticamente o mesmo, sendo inquestionável o respaldo pelo Congresso Nacional.

Diante deste quadro, pergunta-se: seria democrático o veto presidencial à lei aprovada com tamanha margem de votos pela Câmara e pelo Senado? Entendemos que não, em uma democracia indireta, a vontade do Congresso Nacional é, de forma presumida, o anseio da sociedade, não sendo mais possível que todos os cidadãos reúnam-se em ágoras para manifestarem sobre o rumo do Estado, como o faziam nas antigas cidades gregas.
Desta forma, sem entrarmos no mérito do Novo Código Florestal e sem analisarmos, aqui, o seu conteúdo, defendemos a sua promulgação, pois, se após incontáveis audiências públicas, manifestações, debates, reuniões das comissões e casas legislativas, o mesmo restou inquestionavelmente aprovado no Congresso Nacional, o veto presidencial seria uma agressão à democracia e à função legislativa, ainda que respaldado por uma Constituição Federal que garante sua possibilidade.

É preciso cuidado, pois o modismo ambiental, somado à justificável preocupação com o meio ambiente e o futuro da espécie humana, fazem parecer verdadeira as afirmações de que o Novo Código é sinônimo de desmatamento e que sua aprovação é fruto do estrito anseio de ruralistas gananciosos e despreocupados com a questão ambiental.

Ademais, as campanhas concedem uma falsa eficácia ao código de 1965, como se este tivesse garantido a proteção ambiental, quando, na verdade, representa uma das letras mais mortas já produzidas neste país, inaplicada e inaplicável.

Certo é que, em se vetando o Novo Código Florestal, a questão ambiental no país continuará sendo tratada de forma inadequada e insuficiente pelas autoridades. Assim como a sua aprovação, por si só, também não será suficiente para garantir um desenvolvimento sustentável no país, a depender muito mais de educação e políticas públicas, do que de leis.

Consoante reconhecido pelo seu próprio relator, o “Novo Código nasce precisando de reformas”, e, ao contrário do que possa parecer, não atenderá nem aos anseios ruralistas, e nem aos ambientalistas, consoante o tempo irá demonstrar. Aliás, é preciso o fim dessa dicotomia, para que se possa discutir a questão com ciência e critérios razoáveis. A paixão que o tema produz, tem cegado os opostos adeptos, que, como torcedores fanáticos, sem argumentos, não se atentam à qualidade do jogo desenvolvido.

Desta forma, “Veta, Dilma!”... e seja tão autoritária quanto aqueles que editaram os atos institucionais sobre vossos protestos. O Código Florestal fora debatido nas casas legislativas do Congresso Nacional, como poucas leis o são, e fora aprovado com significativa margem de votos; seu veto, desacompanhado de políticas públicas que efetivamente garantam a proteção ambiental e uma produção adequada, será suficiente apenas para manter a mera ilusão de que a legislação vigente assegura um desenvolvimento sustentável no país, o que nem de longe representa a realidade.
Fonte: Lucas Azevedo de Carvalho e Sebastião Renato Valverde

domingo, 13 de maio de 2012

A Farsa do Aquecimento Global

Em complemento a entrevista publicada anteriormente, o Prof. Dr. Ricardo Augusto Felicio sede uma entrevista ao Programa do Jô falando sobre a farsa do aquecimento global.


"Rio+20 é mamata e aquecimento, história pra boi dormir", diz professor


Professor da USP critica duramente ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra
Professor da USP critica duramente ex-vice-presidente dos EUA, Al GoreFoto: Ricardo Matsukawa/Terra
A pouco mais de um mês para a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, o professor Ricardo Augusto Felício é a "água no chope" de qualquer tese ambientalista, a ponto de dizer que o aquecimento global é "história para boi dormir", que o protocolo de Kyoto "é uma grande besteira" e que Al Gore, o ex-vice-presidente americano que fez o documentário "Uma Verdade Inconveniente", sobre os perigos da elevação das temperaturas no planeta, não passa de um "sem-vergonha".
O que mais intriga em Felício, e que serve como contraponto ao espírito de conservação ambiental e de políticas de sustentabilidade tão em voga, é que o seu discurso é embasado em estudos e, claro, na sua formação específica: é bacharel e mestre em meteorologia da Antártida, onde já esteve para duas temporadas de pesquisas, além de doutor em climatologia da Universidade de São Paulo.
Ele repudia a existência do aquecimento global e afirma, com toda a convicção, que buraco na camada de ozônio é algo equivocado, pois sem a incidência do sol, ela simplesmente não existe, é um estado transitório. Sempre com argumentos fortes. "Não é teoria da conspiração, é mentira mesmo. São vários os interesses. O discurso da mídia está sempre pautado no medo, na morte e no futuro. A gente fica evocando os maiores medos da humanidade", explica.
Vinte anos após a Eco92, o Brasil, e especificamente o Rio de Janeiro, volta a ser o centro das atenções em temas relacionados ao meio ambiente e suas políticas a partir do mês que vem. Para o professor, porém, tudo não passa de "uma grande mamata". "A cada 20 dias tem uma reunião num lugar exótico: você não adoraria viajar? Copenhague no Natal? Show!", afirma.
Confira a seguir a entrevista exclusiva do Terra com o climatólogo da USP.
Terra: Quer dizer que essa história toda de aquecimento global é pura balela?
Ricardo Felício: É história para boi dormir. Primeiramente, pela hipótese que se utiliza: essa história toda de efeito estufa, que aí incrimina o gás CO2, aquele que alimenta toda a nossa vida, e está entre os que absorvem a radiação infravermelha, deixando a Terra ainda mais quente. Mas isso aconteceu sempre em toda a história do planeta. A taxa de CO2 é extremamente pequena, em torno de 0,033% a 0,035%. É tão ridículo! E estamos falando de todo o CO2 do planeta. Para você ter uma noção, a atividade humana é menor que a dos insetos. Não dá para engolir mais essa história. É uma física impossível. Se isso acontecesse os cientistas já teriam montado algum equipamento nesse sentido, justamente para captar essa energia extra, você não acha?
Terra: Sinceramente não sei, mas estou ouvindo sua tese.
Felício: O climatólogo canadense Thimoty Ball (outro famoso por contrariar a tese coletiva do aquecimento global) dizia que nós confundimos essa ideia de green house (casa verde) com glass house (casa de vidro). Porque a energia entra naquela casinha de vidro, esquenta o ar, mas ele não sai lá de dentro. O efeito estufa é um efeito que diminui, ou até anula a dinâmica de fluído de atmosfera. Você está dentro do carro, com vidro fechado: você vai morrer porque você está com calor. Abriu o vidro, caem 20 graus quase que automaticamente.
Terra: E os outros gases, como os CFCs?
Felício: Essa besteira que inventaram que foi o protocolo de Montreal, que antecedeu outra besteira chamada protocolo de Kyoto, fala que não pode ter. Criaram até delegacias no Canadá para não se usar CFC. Você torna o gás um vilão, que quem usa tem que ser preso para não destruir a camada de Ozônio. Chegou-se ao ponto de se confiscar produtos, como desodorantes, que usavam esse gás. Resumidamente, é queda de patentes: é um gás altamente benéfico para a indústria, não reage com nada. Quando ele cai no mar, as próprias bactérias o destroem, segundo o último artigo científico que li. A quantidade de CFC é irrisória.
Terra: Mas não causa buracos na camada de ozônio?
Felício: Mudança climática não é ciência consolidada. Lá na Inglaterra já está saindo do currículo escolar. Mas para nós aqui, que somos país de terceiro mundo, continua se ensinando esta besteira. O que existe na atmosfera é nitrogênio e oxigênio. O tal do ozônio é um estado transitório quando a energia solar incide sobre a atmosfera. O ultravioleta categoria C, por propriedades da molécula, age sobre o O2. É bem simples o que eu vou dizer: ele reage, e gera o ozônio. Ele é transitório. Quando não tem energia, não forma. Sem sol, não tem camada de ozônio. É um ciclismo rápido. Quando não tem luz, não tem ozônio.
Terra: Você já viu, certamente, o documentário "Uma Verdade Inconveniente", do ex-vice-presidente dos EUA, o Al Gore?
Felício: Ele é um sem-vergonha! Ele é dono da bolsa climática CCX (que cuida de créditos de carbono), que está caindo por chão, porque sua história é irreal. O filme e o livro são proibidos de entrar nas escolas do Reino Unido. A alta corte britânica proibiu, você sabia disso? Porque tem pelo menos 10 inverdades ali. Aqui você vai a qualquer escola e tem gente ensinando e falando do filme daquele desgraçado.
Terra: Quais inverdades são essas?
Felício: Uma é a do próprio efeito estufa, ao mostrar que os efeitos meteorológicos estão ficando severos. Poxa, gente de velha guarda dos Estados Unidos que estuda tornados há décadas mostra que isso não existe. É o processo da desinformação. Colocam um cientista político corrupto por trás, que vai na história que você quer escutar. Eu estudo há anos a Antártida e já estive lá duas vezes. Os anos de 2007 e 2009 foram os mais frios, quebrou-se recorde de 1941. Justamente no ponto em que eles dizem que mais se aquece, que é a península Antártida. O pessoal do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que trabalhava sério com as informações de meteorologia, nos últimos 15 anos mostrou que a temperatura estava baixando. Só que fecharam a estação deles! Quando a informação não convém, fecha-se.
Terra: Acho que algumas pessoas que lerem essa entrevista vão ter a impressão de que você fala de uma teoria da conspiração.
Felício: Não é teoria da conspiração, é mentira mesmo. São vários os interesses. Você vai me desculpar, mas o discurso da mídia está sempre pautado no medo, na morte e no futuro. As pessoas vão morrer! A gente fica evocando os maiores medos da humanidade.
Terra: Você está dizendo, fazendo um comparativo, que a ideia de aquecimento global é igual a dos armamentos de destruição em massa que o ex-presidente americano George W. Bush usou como justificativa para invadir o Iraque? Ou seja, a teoria do medo?
Felício: Exatamente. É o controle das pessoas. Você justifica qualquer ação governamental com isso. Esses caras estão passando por cima de tudo, estão legitimados porque estão salvando o planeta. Você está abrindo precedentes para se salvar o planeta. Passa por cima de lei, de controle de recursos naturais. O medo legitima a implementação de qualquer coisa, e ainda serve de desculpa que não deu para fazer algo que deveria ser feito. Teve enchente? Poxa, desculpa, quem mandou você usar o seu carro? Mudou o clima do planeta: se você não usar a sua lâmpada de led você vai ter um desastre de enormes proporções. Agora inventaram até essa história de proibir sacolinha plástica (a distribuição em supermercados) para obrigar as pessoas a gastar mais dinheiro.
Terra: Você também é contra isso? Mas o plástico demora mais de 100 anos para se degradar no ambiente.
Felício: O planeta é muito mais sofisticado do que a gente acha. Já existem vários mecanismos na espreita aproveitando a oportunidade. Já ouviu falar das leveduras negras? São bactérias que comem até petróleo. Esse papinho que não pode usar plástico é bomba relógio elitista, porque os pobrezinhos não vão poder mais usar. Vai fazer as pessoas gastarem dinheiro para se comprar plástico? É uma sem-vergonhice! Daqui a pouco vão falar que o aquecimento global começou com as sacolinhas. Temos tecnologia para chegar no lixão e eliminar o plástico. Poxa, já temos bactéria que come até petróleo! É a velha máxima: 'Está com dor de cabeça? Corta a cabeça'.
Terra: Por que não usaram essa tal levedura no derramamento de óleo do golfo do México, então?
Felício: É como eu disse: tudo uma questão de interesse. Sempre é assim. Já estou abstraindo dessas coisas. Não dá, cara.
Terra: O que você acha da Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorre agora no próximo mês de junho?
Felício: Minha opinião é a pior possível: a (premiê alemã Angela) Merkel não vem, um monte de gente não vem. O que vamos deixar para os filhos? Rio+50, Rio+infinito? Isso é literalmente manter as colônias daqui sob o domínio europeu. Em 1492 vieram com o espelhinho vender para gente, agora vêm com essa mentira. É a 'mamata', meu velho. A cada 20 dias tem uma reunião num lugar exótico: você não adoraria viajar? Copenhague no Natal? Show! (sobre o último grande encontro climático mundial na capital dinamarquesa, em dezembro de 2009). Nunca vamos resolver esse problema porque é a 'mamata' e não precisa de nenhum cientista para falar isso. O mito tem poder porque as pessoas acreditam. Aí eu quero ver quem é que vai por o nomezinho para se responsabilizar. Em ciência, quem faz afirmação é que tem que provar. Isso é um princípio, o cético não tem que provar, a gente pede a prova. Não tem prova nenhuma, isso que é o pior.
Não tem medo de estar totalmente enganado?
Felício: Nenhum mesmo. Não dá mais. O planeta vai fazer o que quiser e danem-se vocês seres humanos. Quando eu quiser fazer nevasca, vou fazer, e quando tiver tsunami vocês correm com os rabos no meio das pernas. Veja como é curioso: os cientistas sempre têm uma solução desde que você pague por elas. O cético fala para você não fazer nada, e não pagar nada. Não estou falando para você pagar algum produto meu.
Terra: E se daqui a alguns meses você escrever um livro falando sobre tudo isso? Não será também, de certa forma, por interesse?
Felício: A pior coisa para um cientista é ter que fazer isso. Passo o bastão para quem quiser. Queria ficar no meu cantinho, fazendo minha pesquisa, trabalhando sossegado. Mas é muita patifaria. Sou humanista, não um marxista. É o destino da humanidade por outro viés. O planeta vai muito bem, obrigado. Vai continuar por aqui quando nós já tivermos desaparecido. Já tem um monte de livros aí na praça, gente muito melhor do que eu. Procura na internet. São 35 mil oceanógrafos, meteorologistas dos EUA. Muita gente que não aceita essa hipótese. Não tem mais o que falar: tem que encerrar esse assunto. São dois mil anos de assunto, chega! Temos que nos preocupar em resolver os assuntos da humanidade, como os recursos hídricos para resolver a condição das pessoas na seca.
Fonte: Terra

sábado, 12 de maio de 2012

Produtos Não-madeireiros



Uma questão muito citada atualmente , é se podemos ganhar dinheiro com uma floresta em pé???

 E a resposta é sim!!!

Muitos dos meus leitores podem estar estranhando, porém outros com uma visão mais abrangente do tema, encara com naturalidade este fato. Quem nunca brincou com um brinquedo de borracha? Será que há algo presente no solado de nossos tênis esportivos? E nos balões de festa? Portanto, se a resposta for positiva, vocês já vivenciaram a experiência de utilizar um produto não-madeireiro , o látex, ele é extraído da Seringueira (Hevea brasiliensis). Podemos encontrar muitos outros produtos não-madeireiros em nosso cotidiano e nem imaginamos como é o caso das castanhas, óleos, resinas, fibras, gomas, frutas, temperos,taninos, tinturas, rattan, bambu, entre outros.

Uma das soluções encontradas para que se tenha a manutenção das florestas é a utilização de forma sustentável de seus recursos naturais, além do que isso ajuda a manter a sobrevivência de famílias dependentes do uso sustentável dos recursos naturais.

Mas o que é um produto florestal não-madeireiro? São recursos ou produtos biológicos da flora, exceto a madeira, que são obtidos das florestas para subsistência ou para comercialização. Podem ser originados de florestas naturais, primárias ou secundárias, florestas plantadas ou sistemas agroflorestais.

Gostou???

Agora se pretende ganhar dinheiro com esses produtos aguardem as próximas publicações, pois lá abordarei os principais produtos manejados e suas utilizações.

Até a próxima.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Senai abre vagas gratuitas para curso de papel e celulose


A Escola Senai Theobaldo De Nigris está oferecendo, em parceria com a prefeitura de Caieiras (SP), curso para auxiliar de fabricação de papel. As aulas ocorrem de 29 de março a 31 de maio, das 17h30 às 21h30, na Secretaria de Educação de Caieiras (Rua Bolívia, 407, no Centro). 

O curso tem 36 vagas e as inscrições podem ser feitas até 23 de março no próprio Senai (Rua Bresser, 2.315, na Mooca, em São Paulo). Os interessados não podem estar empregados em fábricas de papel ou celulose.

CONTATOS:
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 2797-6317.



Fonte: ABTG / Revista Tecnologia Gráfica

Docente da ESALQ integra discussão sobre florestas na Rio+20



A convite da Coordenação dos “Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável”, do Ministério das Relações Exteriores, o professor Edson José Vidal da Silva, docente do Departamento de Ciências Florestais (LCF), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, atuará como facilitador nas discussões on line acerca da temática florestal, em atividade preparatória à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

A Rio+20 acontacerá na cidade do Rio de Janeiro, entre os dias 13 e 22 de junho próximo. A Conferência se iniciará pela terceira e última reunião do Comitê Preparatório (Prepcom), de 13 a 15 de junho, e se encerrará com o Segmento de Alto Nível, de 20 a 22 de junho. Entre os dois eventos, o Governo brasileiro, em colaboração com as Nações Unidas, realizará, de 16 a 19 de junho, no mesmo local da Conferência, uma série de “Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável”. 

Os Diálogos estão sendo preparados como um instrumento efetivo para que a sociedade civil participe das discussões sobre temas fundamentais relacionados ao desenvolvimento sustentável. As conclusões e recomendações emanadas dos Diálogos serão encaminhadas diretamente aos Chefes de Estado e de Governo que participarão da Conferência no Rio de Janeiro.

Dez temas foram indicados, com base em sua relevância na definição de estratégias públicas e privadas para a promoção do desenvolvimento sustentável e para o futuro da humanidade. São eles: Segurança alimentar e nutricional; Desenvolvimento sustentável para o combate à pobreza; Desenvolvimento sustentável para combate à pobreza; A economia do desenvolvimento sustentável, incluindo padrões sustentáveis ??de produção e consumo; Cidades sustentáveis e inovação; Desemprego, trabalho decente e migrações; Energia sustentável para todos; Água; Oceanos; Florestas.

Vidal atuará inserido no tema Florestas, junto com Benjamin Cashore, professor da Universidade de Yale (EUA) e Michelle Kovacevic, do Center for International Forestry Research (Indonésia). Na prática, mediarão as discussões a partir de uma plataforma digital, desenvolvida pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e lançada na semana de 16 a 20 de abril. “Foram escolhidos 3 instituições que trabalham com florestas no mundo, a ESALQ, a Universidade de Yale e CIFOR. Isso significa que nós fomos escolhidos pelo papel que temos na liderança científica e acadêmica na América Latina”, avalia Vidal.

Participam dessa discussão preparatória todos os segmentos da sociedade civil, incluindo comunidade acadêmica, setores privados, ongs, etc. O debate segue até meados de junho, quando os organizadores esperam ter consolidadas as recomendações resultantes das discussões on line, que serão transmitidas aos membros dos Diálogos. “É um espaço criado para a sociedade civil, de modo que, além de membros convidados, qualquer pessoa pode cadastrar-se”, conclui Vidal.

Interessados em participar dos Diálogos da Rio+20 podem cadastrar-se no site www.riodialogues.org.



Fonte : portaldoagronegocio.com.br

terça-feira, 8 de maio de 2012

Biologia e danos de cupins em Eucalipto - Parte 1



1 – Introdução
Região com problemas América Central, parte da Africa e Oceania.
Relativamente antigo no Brasil o problema com cupins, depois das formigas.
2 – Espécies de cupins-praga em florestas
- Cupins das mudas
Ø  Cornitermes (C. cumulus e C. bequaerti)
  - Cupins de montículo: atacam mudas de eucalipto
  - Destroem o sistema radicular das plantas com idades entre 1a 6 meses

·         OBS: Complexo Cornitermes é composto por: CORNITERMES, NEOCAPRITERMES, PARACORNITERMES, ETC.

Ø  Syntermes ( S. molestus e S. insidians)

- Atacam plantas com idade entre 1 a 10 meses em áreas de cerrado;
- Alimentam-se das raízes e casca das mudas; Causam anelamento do caule;
- Controle difícil, pois atacam também a parte aérea.

- Cupins do cerne

Ø  Coptotermes testaceus

- Distribuição - SP ao AP ( Predomina na região do cerrado)
- Só se percebe o dano na árvore após o inseto ter ocasionado o dano;
- Destrói árvores de 5 a 12 anos de idade (tronco oco)
- Não há método de controle para este grupo
- Em algumas regiões 50% das árvores são atacadas pelos cupins;
- Esses cupins não matam a árvore, só a deixam oca.

Ø  Nasutitermitinae

- Distribuição: Nordeste (BA)
- Atacam árvores entre 5 - 8 anos de idade

- Outros cupins

Ø  Heterotermes tenuis ( conhecido como cupim da cana-de-açúcar)

H. tenuis (Rhinotermitidae) associado ao cancro do eucalipto (Cryphonectria cubensis)
• Ataque associado do cupim e do fungo causaram 25 % de mortalidade
• Atacam jardim clonal

Ø  Cupins da casca
Microcerotermes sp.
• Amitermes sp.

3 – Biologia dos cupins

- Insetos Sociais, possuem ninhos (subterrâneos ou em árvores)
- Dão revoadas ( set-mar) apenas os indivíduos alados ( siriri, aleluias);
- As operárias abrem um canal para a saída dos alados e os soldados ficam protegendo esse canal.
- Quando eles caem no chão, eles eliminam as asas através da movimentação (o inseto fica se balançando), pois a asa atrapalha por seu elevado tamanho;
- O macho encontra a fêmea, a partir do ferormônio liberado por ela, os machos brigam pela fêmea e o mais insistente vence;
 - Após a copula eles encontram um local para fazer seu ninho, então começam a escavar, trabalhando sempre juntos, após a formação do ninho eles podem ficar por lá o resto da vida, gerando vários descendentes.
- O cupim pode se alimentar do próprio solo e de ovos produzidos pela fêmea.
- Após a copula, ocorre a fisiogastria, o abdome da fêmea começa a crescer, ficando muito grande, com isso, para que se tenha a movimentação da fêmea no cupinzeiro é preciso que as operárias a carregue.
- Depois de formado o cupinzeiro, os cupins se alimentam de tudo que tem celulose e na ausência de alimentos mortos, vão a procura de árvores vivas.

- S. Whelleri:  faz abertura e fechamento do olheiro. Quando fica muito quente o cupim fecha o olheiro, geralmente durante o dia e abre novamente à noite.

FORMIGA NUNCA FECHA O OLHEIRO.

4 – Danos causados por cupins

Os cupins-praga dos plantações florestais podem ser separados em 2 grupos:
1) Cupins das mudas (cupins das raízes): atacam mudas recém-plantadas até 1 ano de idade.
2) Cupins do cerne: atacam árvores formadas ( a partir de 4 anos de idade), destruindo o interior das árvores.
3) Cupins da casca: atacam árvores formadas ( a partir de 2 anos de idade).

- Muda atacada por cupins (sintomas): quando se vê uma muda murcha no campo, provavelmente ela sofreu ataque no sistema radicular;

- O cupim esta presente no solo o ano inteiro, porém em épocas secas as plantas morrem mais, pois no período chuvoso, as plantas emitem raízes secundárias quando atacadas por cupins, porque há umidade no local.

- DICA: Sintoma, quando o dano é causado por inseto as folhas não caem, quando o dano é por estresse hídrico as folhas caem.

 - O cupim causa reboleira no plantio.

- Existe o dano secundário de um ataque, quando o cupim corta a raiz, mas ainda fica um pouco de raiz, a árvore murcha, e no período a árvore cresce, porém com uns 2 anos de idade a árvore cai devido a sua raiz ser superficial.

4. Prejuízos causados pelos cupins-praga
As perdas são expressivas. Estimando-se uma produtividade para uma floresta de eucalipto de 210 m3/ha na idade de corte (6 anos) e supondo um dano médio de 20 % de mortalidade por cupins, teria-se o seguinte:
- Perda de 42 m3/ha ou 267 árvores/ha (em um stand de 1333 mudas/ha ou espaçamento 3 x 2,5 m).
- Os prejuízos podem chegar a R$ 1.680,00/ha, na idade de corte.

Referências bibliográficas:

- WILCKEN, C. F. Manejo de cupins em florestas de eucalipto.

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