terça-feira, 8 de maio de 2012

Biologia e danos de cupins em Eucalipto - Parte 1



1 – Introdução
Região com problemas América Central, parte da Africa e Oceania.
Relativamente antigo no Brasil o problema com cupins, depois das formigas.
2 – Espécies de cupins-praga em florestas
- Cupins das mudas
Ø  Cornitermes (C. cumulus e C. bequaerti)
  - Cupins de montículo: atacam mudas de eucalipto
  - Destroem o sistema radicular das plantas com idades entre 1a 6 meses

·         OBS: Complexo Cornitermes é composto por: CORNITERMES, NEOCAPRITERMES, PARACORNITERMES, ETC.

Ø  Syntermes ( S. molestus e S. insidians)

- Atacam plantas com idade entre 1 a 10 meses em áreas de cerrado;
- Alimentam-se das raízes e casca das mudas; Causam anelamento do caule;
- Controle difícil, pois atacam também a parte aérea.

- Cupins do cerne

Ø  Coptotermes testaceus

- Distribuição - SP ao AP ( Predomina na região do cerrado)
- Só se percebe o dano na árvore após o inseto ter ocasionado o dano;
- Destrói árvores de 5 a 12 anos de idade (tronco oco)
- Não há método de controle para este grupo
- Em algumas regiões 50% das árvores são atacadas pelos cupins;
- Esses cupins não matam a árvore, só a deixam oca.

Ø  Nasutitermitinae

- Distribuição: Nordeste (BA)
- Atacam árvores entre 5 - 8 anos de idade

- Outros cupins

Ø  Heterotermes tenuis ( conhecido como cupim da cana-de-açúcar)

H. tenuis (Rhinotermitidae) associado ao cancro do eucalipto (Cryphonectria cubensis)
• Ataque associado do cupim e do fungo causaram 25 % de mortalidade
• Atacam jardim clonal

Ø  Cupins da casca
Microcerotermes sp.
• Amitermes sp.

3 – Biologia dos cupins

- Insetos Sociais, possuem ninhos (subterrâneos ou em árvores)
- Dão revoadas ( set-mar) apenas os indivíduos alados ( siriri, aleluias);
- As operárias abrem um canal para a saída dos alados e os soldados ficam protegendo esse canal.
- Quando eles caem no chão, eles eliminam as asas através da movimentação (o inseto fica se balançando), pois a asa atrapalha por seu elevado tamanho;
- O macho encontra a fêmea, a partir do ferormônio liberado por ela, os machos brigam pela fêmea e o mais insistente vence;
 - Após a copula eles encontram um local para fazer seu ninho, então começam a escavar, trabalhando sempre juntos, após a formação do ninho eles podem ficar por lá o resto da vida, gerando vários descendentes.
- O cupim pode se alimentar do próprio solo e de ovos produzidos pela fêmea.
- Após a copula, ocorre a fisiogastria, o abdome da fêmea começa a crescer, ficando muito grande, com isso, para que se tenha a movimentação da fêmea no cupinzeiro é preciso que as operárias a carregue.
- Depois de formado o cupinzeiro, os cupins se alimentam de tudo que tem celulose e na ausência de alimentos mortos, vão a procura de árvores vivas.

- S. Whelleri:  faz abertura e fechamento do olheiro. Quando fica muito quente o cupim fecha o olheiro, geralmente durante o dia e abre novamente à noite.

FORMIGA NUNCA FECHA O OLHEIRO.

4 – Danos causados por cupins

Os cupins-praga dos plantações florestais podem ser separados em 2 grupos:
1) Cupins das mudas (cupins das raízes): atacam mudas recém-plantadas até 1 ano de idade.
2) Cupins do cerne: atacam árvores formadas ( a partir de 4 anos de idade), destruindo o interior das árvores.
3) Cupins da casca: atacam árvores formadas ( a partir de 2 anos de idade).

- Muda atacada por cupins (sintomas): quando se vê uma muda murcha no campo, provavelmente ela sofreu ataque no sistema radicular;

- O cupim esta presente no solo o ano inteiro, porém em épocas secas as plantas morrem mais, pois no período chuvoso, as plantas emitem raízes secundárias quando atacadas por cupins, porque há umidade no local.

- DICA: Sintoma, quando o dano é causado por inseto as folhas não caem, quando o dano é por estresse hídrico as folhas caem.

 - O cupim causa reboleira no plantio.

- Existe o dano secundário de um ataque, quando o cupim corta a raiz, mas ainda fica um pouco de raiz, a árvore murcha, e no período a árvore cresce, porém com uns 2 anos de idade a árvore cai devido a sua raiz ser superficial.

4. Prejuízos causados pelos cupins-praga
As perdas são expressivas. Estimando-se uma produtividade para uma floresta de eucalipto de 210 m3/ha na idade de corte (6 anos) e supondo um dano médio de 20 % de mortalidade por cupins, teria-se o seguinte:
- Perda de 42 m3/ha ou 267 árvores/ha (em um stand de 1333 mudas/ha ou espaçamento 3 x 2,5 m).
- Os prejuízos podem chegar a R$ 1.680,00/ha, na idade de corte.

Referências bibliográficas:

- WILCKEN, C. F. Manejo de cupins em florestas de eucalipto.

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