1 – Introdução
Região com problemas América
Central, parte da Africa e Oceania.
Relativamente antigo no Brasil o
problema com cupins, depois das formigas.
2 – Espécies de cupins-praga em
florestas
- Cupins das mudas
Ø
Cornitermes (C.
cumulus e C. bequaerti)
- Cupins
de montículo: atacam mudas de eucalipto
-
Destroem o sistema radicular das plantas com idades entre 1a 6 meses
·
OBS:
Complexo Cornitermes é composto por: CORNITERMES, NEOCAPRITERMES,
PARACORNITERMES, ETC.
Ø
Syntermes ( S. molestus e S. insidians)
- Atacam
plantas com idade entre 1 a 10 meses em áreas de cerrado;
- Alimentam-se das raízes e casca das mudas;
Causam anelamento do caule;
- Controle difícil, pois atacam também a
parte aérea.
-
Cupins do cerne
Ø
Coptotermes testaceus
-
Distribuição - SP ao AP ( Predomina na região do cerrado)
- Só
se percebe o dano na árvore após o inseto ter ocasionado o dano;
- Destrói
árvores de 5 a 12 anos de idade (tronco oco)
- Não
há método de controle para este grupo
- Em
algumas regiões 50% das árvores são atacadas pelos cupins;
-
Esses cupins não matam a árvore, só a deixam oca.
Ø
Nasutitermitinae
-
Distribuição: Nordeste (BA)
-
Atacam árvores entre 5 - 8 anos de idade
- Outros
cupins
Ø
Heterotermes tenuis ( conhecido como cupim da
cana-de-açúcar)
• H.
tenuis (Rhinotermitidae) associado ao cancro do eucalipto (Cryphonectria
cubensis)
• Ataque
associado do cupim e do fungo causaram 25 % de mortalidade
• Atacam
jardim clonal
Ø
Cupins da casca
• Microcerotermes
sp.
• Amitermes
sp.
3 –
Biologia dos cupins
-
Insetos Sociais, possuem ninhos (subterrâneos ou em árvores)
-
Dão revoadas ( set-mar) apenas os indivíduos alados ( siriri, aleluias);
- As
operárias abrem um canal para a saída dos alados e os soldados ficam protegendo
esse canal.
-
Quando eles caem no chão, eles eliminam as asas através da movimentação (o
inseto fica se balançando), pois a asa atrapalha por seu elevado tamanho;
- O
macho encontra a fêmea, a partir do ferormônio liberado por ela, os machos
brigam pela fêmea e o mais insistente vence;
- Após a copula eles encontram um local para
fazer seu ninho, então começam a escavar, trabalhando sempre juntos, após a
formação do ninho eles podem ficar por lá o resto da vida, gerando vários
descendentes.
- O
cupim pode se alimentar do próprio solo e de ovos produzidos pela fêmea.
-
Após a copula, ocorre a fisiogastria, o abdome da fêmea começa a crescer,
ficando muito grande, com isso, para que se tenha a movimentação da fêmea no
cupinzeiro é preciso que as operárias a carregue.
-
Depois de formado o cupinzeiro, os cupins se alimentam de tudo que tem celulose
e na ausência de alimentos mortos, vão a procura de árvores vivas.
- S.
Whelleri: faz abertura e fechamento do
olheiro. Quando fica muito quente o cupim fecha o olheiro, geralmente durante o
dia e abre novamente à noite.
FORMIGA
NUNCA FECHA O OLHEIRO.
4 – Danos
causados por cupins
Os cupins-praga dos plantações florestais
podem ser separados em 2 grupos:
1) Cupins das mudas (cupins das raízes):
atacam mudas recém-plantadas até 1 ano de idade.
2) Cupins do cerne: atacam árvores formadas (
a partir de 4 anos de idade), destruindo o interior das árvores.
3) Cupins da casca: atacam árvores formadas (
a partir de 2 anos de idade).
- Muda atacada por cupins (sintomas): quando
se vê uma muda murcha no campo, provavelmente ela sofreu ataque no sistema
radicular;
- O cupim esta presente no solo o ano
inteiro, porém em épocas secas as plantas morrem mais, pois no período chuvoso,
as plantas emitem raízes secundárias quando atacadas por cupins, porque há
umidade no local.
- DICA: Sintoma, quando o dano é causado por
inseto as folhas não caem, quando o dano é por estresse hídrico as folhas caem.
- O
cupim causa reboleira no plantio.
- Existe o dano secundário de um ataque,
quando o cupim corta a raiz, mas ainda fica um pouco de raiz, a árvore murcha,
e no período a árvore cresce, porém com uns 2 anos de idade a árvore cai devido
a sua raiz ser superficial.
4.
Prejuízos causados pelos cupins-praga
As
perdas são expressivas. Estimando-se uma produtividade para uma floresta de
eucalipto de 210 m3/ha na idade de corte (6 anos) e supondo um dano médio de 20
% de mortalidade por cupins, teria-se o seguinte:
-
Perda de 42 m3/ha ou 267 árvores/ha (em um stand de 1333 mudas/ha ou
espaçamento 3 x 2,5 m).
- Os
prejuízos podem chegar a R$ 1.680,00/ha, na idade de corte.
Referências bibliográficas:
- WILCKEN, C. F. Manejo de cupins em florestas de eucalipto.
Muito bom Fernando, parabéns pelo blog!
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