quarta-feira, 25 de abril de 2012

Câmara dos Deputados aprova texto do relator do Código Florestal

O plenário deve analisar ainda mais de dez destaques apresentados ao texto por parlamentares de diversos partidos.
quarta, 25 de abril de 2012
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (25), por 274 votos a favor, 184 contra e duas abstenções, o texto-base do projeto que modifica o Código Florestal. A versão aprovada é a de autoria do relator, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), considerada mais "ruralista" do que o texto aprovado pelo Senado, que tinha o apoio do governo.

Depois da aprovação do texto-base, os deputados começaram a analisar os 15 destaques (propostas de modificação) à proposta. Após a conclusão da votação, o texto final seguirá para sanção da presidente Dilma Rousseff, que poderá vetá-lo integral ou parciamente.

Umas das principais modificações para atender ao setor agropecuário está na exclusão do artigo 1º do texto aprovado pelo Senado, que definia uma série de princípios que caracterizam o Código Florestal como uma lei ambiental. Para o PV e o PT, ao rejeitar esse dispositivo, o relator reforçou a tese de que o Congresso está transformando o Código Florestal em uma lei de consolidação de atividades agropecuárias ilegais, ou uma lei de anistia, o que contraria o governo.

Apesar da derrota, o governo conseguiu reestabelecer no texto aprovado as faixas de reflorestamento a serem exigidas dos produtores que desmataram áreas de preservação permanente (APPs) em beiras de rio. Pelo texto aprovado, os desmatadores deverão recompor uma faixa de, no mínimo, 15 metros de mata ciliar ao longo das margens. O relator havia excluído esse trecho do texto, mas presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). apontou um problema regimental e determinou a reinclusão.

PT

O PT tentou convencer os parlamentares a rejeitar a versão de Piau e aprovar o texto do Senado na integralidade, mas não obteve maioria. Isso porque o PMDB, segunda maior bancada da Câmara, e a bancada ruralista votaram em peso pelo relatório de Piau.

"Anuncio 76 votos do PMDB para o texto do Piau. O Código Florestal deve proteger, querem que criminalize [o produtor]", disse em discurso no plenário o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).

Em vão, o líder do PT, Jilmar Tatto (SP), fez um apelo para que os deputados aprovassem o texto do Senado, que previa maiores garantias de proteção ao meio ambiente. "Não queremos crescimento que degrada e que depreda, como está acontecendo com a China. Queremos um crescimento sustentável. Um crescimento com água limpa, mananciais para que região urbana possa ser abastecida e que a região rural possa ter água para irrigar", disse.

Para Tatto, o texto de Piau significa um retrocesso na lei ambiental. "Esse relatório é um retrocesso. Vamos votar o relatório do Senado e vamos fazer ajustes, mas ajustes que dialogam com o setor ambiental e com o governo", pediu. O PT ainda tentará modificar trechos do relatório de Piau através de destaques.

Reflorestamento

Para Maia, o relator contrariou o regimento da Casa ao excluir trecho do texto aprovado pelo Senado que exigia dos produtores a recomposição de, no mínimo, 15 metros de vegetação nativa nas margens de cursos d'água com até 10 metros. O artigo prevê ainda que, para os rios com leitos superiores a 10 metros, a faixa de mata ciliar a ser recomposta deveria ter entre 30 e 100 metros de largura.

A recomposição vale para quem desmatou até julho de 2008 e é uma alternativa ao pagamento de multas aplicadas aos produtores que produziram em APPs.

O relator tentou deixar os percentuais de recomposição para regulamentação posterior, a cargo da União e dos estados. No entanto, o presidente da Câmara disse que o trecho não poderia ter sido excluído porque já tinha sido aprovado pelo Senado e também pela Câmara, na primeira votação da matéria, em maio de 2011. Desse modo, Maia restituiu o artigo do Senado que previa os limites de recomposição da área desmatada.

Diante da exigência de Maia, Piau decidiu incorporar ao seu texto o parágrafo 6ª do artigo 62, que estabelece que a exigência de recomposição em APPs para pequenos produtores "não ultrapassará o limite da reserva legal estabelecida para o respectivo imóvel".

A reserva legal é o percentual de mata nativa que deve ser preservado nas propriedades privadas, a depender de cada região. O artigo de Piau visa evitar que a área de recomposição se torne muito maior do que a propriedade que poderá ser mantida pelo produtor.

APP em área urbana

Ao ler o relatório nesta quarta, Piau fez uma modificação no texto que foi admitida por Marco Maia. O relatório preliminar, entregue na terça aos deputados, suprimia completamente referências às Áreas de Preservação Permanente (APP) em região urbana.

Piau resolveu resgatar trecho do texto do Senado que contém a previsão das APPs. No entanto, o relator retirou a última frase do artigo que restringia o limite das faixas de beira de rio. Pelo texto de Piau, os estados e municípios poderão delimitar livremente as áreas de preservação em cursos d’água de regiões urbanas.

"Quando você amarra nestas faixas, você está ajudando a confundir mais. Imagina Petrolina e Juazeiro, onde passa o rio São Francisco ali, fica engessado na sua área de expansão. Você limita e tira a autonomia dos municípios de tomar a decisão", afirmou o deputado.

A alteração foi questionada por parlamentares do PV e do PSOL. Segundo eles, pelo regimento, Piau não poderia mudar a redação do texto do Senado. No entanto, o presidente da Câmara disse que Piau, como relator, pode suprimir trechos acrescentados pelo Senado que não tenham sido aprovados na Câmara.

O relatório

Ao todo foram feitas 21 mudanças no substitutivo aprovado pelo Senado no ano passado. Muitas foram apenas correções de redação e exclusão de artigos repetidos. Outras trataram de pontos importantes para produtores rurais e ambientalistas.

O texto de Piau excluiu da versão do Senado os artigos que regulamentavam as áreas de criação de camarões, os chamados apicuns, que considerou excessivamente detalhados. Apenas partes dos artigos que tratavam do uso restrito de solo foram mantidas, deixando claro que as criações dependem do zoneamento ecológico e econômico da zona costeira.

Também foi retirado o artigo que exigia a adesão de produtores ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) em até cinco anos para o acesso ao crédito agrícola. Segundo o relator, o cadastro depende do governo, o que poderia prejudicar os produtores.
Fonte: G1

domingo, 22 de abril de 2012

Relator exclui regras para recompor APPs em beiras de rio


Paulo Piau apresentou nesta quinta-feira, 19/04, seu parecer a respeito do Projeto de Lei que altera o Código Florestal brasileiro. O novo texto conta com 21 mudanças, em relação ao substitutivo aprovado pelo Senado. Entre as mais polêmicas estão a exclusão de regras para recuperar APPs em margens de rio nas propriedades que precisam ser regularizadas e a rejeição do primeiro artigo do PL, que determinava os princípios do Código. A votação do Projeto na Câmara dos Deputados está prevista para 24/04




O deputado Paulo Piau, relator do novo Código Florestal brasileiro, apresentou nesta quinta-feira, 19/04, seu parecer a respeito do Projeto de Lei que altera a legislação que determina as regras para a proteção e conservação das florestas do país. Em seu texto, Piau fez 21 mudanças no substitutivo aprovado pelo Senado, no final do ano passado - considerado, por muitos, melhor do que o PL que saiu da Câmara dos Deputados

Entre as polêmicas do parecer apresentado por Piau, está o fato de que o relator excluiu do texto do PL qualquer tipo de regra para a recuperação de APPs - Áreas de Preservação Permanente em margens de rios, nas propriedades que precisam ser regularizadas - ou seja, cerca de 90% das atuais propriedades do país

A versão anterior do Projeto, aprovada no Senado, estabelecia que, em cursos d’água com até 10 m de largura, os produtores deveriam recompor 15 m de vegetação nativa. A questão já gerava polêmica entre ambientalistas e ruralistas, uma vez que o atual Código obriga a preservar 30 metros em cada margem. 

Agora, com a modificação feita por Piau, a legislação federal deixará de regulamentar a recuperação de APPs em margens de rio e a decisão ficará a cargo dos Estados, que deverão definir suas próprias regras para o tema, por meio de um Programa de Regularização Ambiental que ainda será criado pelo governo nacional - em, até, dois anos, segundo o relator

"O que estava muito ruim, virou uma tragédia. Deixar essa decisão a cargo dos Estados vai gerar umaguerra fiscal. Haverá uma competição entre quem propõe menos restrições para atrair mais produtores para o seu território", diz Tasso Azevedo, engenheiro florestal, consultor para florestas e clima do Ministério do Meio Ambiente e conselheiro do Planeta Sustentável, que participou de debate promovido pelo nosso movimento, em março, sobre o tema.

André Nassar, que também participou do debate ao lado de Tasso e é engenheiro agrônomo e diretor geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais, também considera a alteração negativa. "Sou a favor da proteção nas margens de rio e acredito que a recomposição de 15 m, proposta pelo Senado, era ideal do ponto de vista das negociações do PL. A mudança feita por Piau me deixa um pouco preocupado. Tenho dúvidas se, ao tirar essa questão da Lei principal, teremos o resultado ideal no que diz respeito à preservação nas margens de rio", afirma o especialista, que acredita que há chances de, após a aprovação do PL, o governo federal criar uma Medida Provisória que obrigue a recuperar APPs nestas áreas. 

O engenheiro agrônomo ainda destacou que, com a alteração feita por Piau, aumentou-se o risco de o Projeto de Lei ser aprovado com um número menor de votos. "Com isso, a presidente Dilma Rousseff terá mais poder de barganha para vetar o PL", opina. 

OS PRINCÍPIOS DO CÓDIGO FLORESTAL Excluir do Projeto as regras que determinam a recuperação de APPs em margens de rio, nas propriedades que precisam ser regularizadas, não foi a pior alteração que Piau fez no texto, na opinião de Tasso Azevedo. O relator também rejeitou o primeiro artigo do Projeto, redigido pelo Senado, que determinava os princípios da nova Lei florestal. Para o especialista, esta foi a modificação mais descabida. 

"Este era o parágrafo mais importante do texto. Ele determina os objetivos do Projeto de Lei, ou seja, define por que o Código está sendo modificado. Sem objetivos, vira bagunça. Pode-se fazer alterações em prol de qualquer interesse, que não a proteção das florestas, porque não há critérios, finalidades pré-estabelecidas", afirma Tasso, que ainda completa: "Piau argumenta que rejeitou este parágrafo porque ele estava mais voltado à questão ambiental. Mas é óbvio que ele está e é assim que deve ser, uma vez que o Código estabelece normas para a proteção das florestas do país". 

Nassar discorda. "Manter os princípios é uma questão de preciosismo, já que se pressupõe que eles estejam refletidos nas obrigações impostas ao longo da Lei", diz o engenheiro agrônomo, que defende que manter o primeiro parágrafo do PL causaria insegurança jurídica para os produtores rurais. "Abre-se precedente para o Ministério Público alegar que os produtores rurais estão cumprindo a Lei, mas não estão de acordo com algum princípio. É um problema de interpretação dúbia que, infelizmente, é comum no Brasil", completa. 

Apesar das polêmicas, por enquanto, a votação do PL na Câmara dos Deputados não foi adiada e está prevista para acontecer na próxima terça-feira, 24/04.



Fonte : Planeta Sustentável - 20/04/2012.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Qual a importância de saber a Retratibilidade da Madeira?





A retratibilidade da madeira é o fenômeno relacionado à variação dimensional da madeira, em função da troca de umidade do material com o meio que o envolve, até que seja atingida uma condição de equilíbrio, chamada de umidade de equilíbrio higroscópico. As variações nas dimensões nas peças de madeira começam a ocorrer quando se perde ou se ganha umidade abaixo do ponto de saturação das fibras, que, de modo geral, situa-se ao redor de 28 a 30% de umidade. A variação dimensional da madeira diz respeito às contrações e ao inchamento da madeira. As características de retração da madeira são bastante diferentes entre as espécies, dependendo do modo de condução da secagem e do próprio comportamento da madeira, o que leva ocasionalmente a alterações da forma e à formação de fendas e empenos. Precauções especiais devem ser tomadas nas situações em que se exige a estabilidade da madeira. Em edificações, pisos, esquadrias, portas e móveis em geral, podem ocorrer sérios prejuízos, chegando, mesmo, a inviabilizar o produto final se não se faz a correta secagem até a umidade de equilíbrio das condições de uso.

Existem várias explicações sobre a causa do aumento da contração com a temperatura. Uma das razões poderia ser a diminuição do teor de umidade de equilíbrio, mas tal fator causaria um aumento de contração menor que 1% e, na realidade, o aumento de contração é muito maior que esse valor. Outros fatores podem contribuir para explicar a contração da madeira:

- presença do colapso da parede celular, devido às forças capilares que excedem a resistência à compressão da madeira no sentido perpendicular às fibras;

- uma parte da contração é, na realidade, um compressão residual resultante das tensões desenvolvidas durante a secagem;

- há uma degradação térmica parcial do material.

Apesar de a retratibilidade volumétrica expressar a variação total ocorrida na variação higroscópica , as contrações lineares que ocorrem ao longo dos planos de orientação da madeira são, na maioria das vezes, mais importantes e, por serem diferentes, tornam a madeira um material anisotrópico. Atenção maior deve ser dada à movimentação transversal das madeiras, uma vez que estas se diferem conforme as direções tangencial ou radial, sendo a primeira maior que a segunda. Os valores da contração tangencial oscilam em torno do dobro dos valores encontrados na contração radial, podendo chegar ao triplo, em casos extremos, como no caso da madeira de eucalipto, e são vinte vezes maior que os detectados no sentido longitudinal ou axial. A contração da madeira deixa de observar as regras normais de anisotropia quando a temperatura aumenta. Segundo tais autores, nem sempre a contração tangencial é sempre maior que a contração radial; com o aumento da temperatura, a contração em espessura é sempre maior do que em largura, independentemente da orientação( radial ou tangencial). Esse fenômeno se baseia no fato de que as células da superfície de um corpo submetido à secagem ficam restritas a contrair em largura pelas células do interior( que estão com um teor de umidade acima do ponto de saturação das fibras), enquanto a contração em espessura se processa livremente.

Desequilíbrio

Em se tratando da variação dimensional na direção transversal( radial e transversal), há um desequilíbrio entre os valores da retratibilidade. Tal desbalanceamento entre as contrações é chamado de fator anisotrópico, ou seja, a relação entre a retratibilidade na direção tangencial dividida pela mesma propriedade na direção radial. A situação ideal seria aquela em que as tensões decorrentes da natureza anisotrópica se anulassem segundo as direções em que a retratibilidade se manifestasse, o que, na prática, raramente acontece. A grande importância desse índice é que, quanto maior for o seu distanciamento da unidade, mais propensa é a madeira se fendilhar e empenar.

Para as madeiras mais estáveis, os índices variam de 1,3 a 1,4, mas para madeiras de eucalipto, principalmente aquelas provenientes de árvores jovens e de rápido crescimento, os índices podem chegar a 3, tornando-as extremamente instáveis dimensionalmente. Existe um critério de classificação quanto ao fator anisotrópico: madeiras com fatores entre 1,2 a 1,5 são consideradas excelentes, ocorrendo em madeira de cedro, sucupira e mogno; fatores entre 1,5 a 2,0 são consideradas normais, ocorrendo em ipê, pinus, araucária, peroba-rosa e teca; fatores acima de 2,0 são consideradas ruins, ocorrendo em araucária, imbuia, jatobá e eucalipto. Coeficientes de anisotropia de contração baixos, mas com contrações tangencial e radial excessivas provocam a instabilidade dimensional da madeira.

Os valores de retratibilidade obtidos nas direção axial ou longitudinal são muito pequenos e dificilmente ultrapassam 1% para as madeiras comuns, inclusive o eucalipto. A retratibilidade longitudinal da madeira de algumas espécies de eucalipto apresenta os seguintes valores: Eucalyptus paniculata (0,9), E. urophylla (1,1), E. tereticornis (0,9), E. citriodora (0,8) e E. cloeziana (0,6%). Os valores médios para contração longitudinal total estão entre 0,1 e 0,2% para a maioria das espécies. Valores mais elevados podem ser esperados quando se encontra madeira anormal, como lenho de reação, lenho juvenil e de grã revessa. Tais alterações na contração são devidas ao ângulo microfibrilar que aumenta proporcionalmente aos seus valores. A madeira de Eucalyptus grandis, de povoamentos jovens, possui baixa estabilidade dimensional.

Não existe um perfil definido de variação da retratibilidade para as madeiras na direção radial, no sentido medula-casca. Existe um padrão crescente de retratibilidade na direção medula-casca para a madeira das espécies de Eucalyptus citriodora, E. cloeziana e E. urophylla. Em Eucalyptus pilularis existe uma tendência decrescente da contração no sentido medula-casca. Em Eucalyptus camaldulensis, também se observa um decréscimo da contração no sentido medula-casca. Há, entretanto, um consenso entre os pesquisadores que existe uma tendência geral para a maioria de todas as espécies apresentarem valores inferiores de contração na região do alburno periférico, indicando uma elevada estabilidade dimensional dessa madeira nessa região.

A madeira de eucalipto, por ser de crescimento rápido, está ligada a contrações excessivas, com o aparecimento de defeitos de secagem, como empenamentos e fendilhamentos, que tendem a ser maiores em madeira de densidade mais baixa. Existem diversas maneiras para se melhorar a estabilidade dimensional da madeira. Dentre os métodos mais simples, destaca-se a proteção das superfícies da madeira com a aplicação de ceras, vernizes, lacas, tintas, parafina e breu, entre outros produtos. Esses produtos devem ser utilizados somente quando a madeira se encontra com a umidade de utilização ou umidade de equilíbrio local, dificultando a absorção de umidade, tendendo minorar os problemas causados pela variação dimensional. Tais produtos atuam somente como protetores superficiais, atuando apenas como paliativo para proteger a madeira contra movimentação da umidade.

A impregnação da madeira com substâncias preservantes também poderá reduzir a higroscopicidade da madeira; em se tratando da madeira de eucalipto, tais processos são de reduzida eficácia, uma vez que somente o alburno é permeável. Um dos métodos utilizados com sucesso, como pré-tratamento para melhorar a eficiência da secagem, através da redução das contrações e também do tempo, é a técnica do pré-congelamento.

Existe muita controvérsia quanto às possíveis correlações existentes entre a retratibilidade e a densidade da madeira. Alguns pesquisadores afirmam que as duas propriedades estão altamente correlacionadas. Outros pesquisadores encontraram baixa correlação entre retratibilidade e densidade básica. Em relação à posição radial, na direção medula-casca, o mesmo autor verificou correlações altamente significativas entre densidade básica e retratibilidade para as espécies Eucalyptus citriodora, E. cloeziana e E. grandis, o que não aconteceu para a madeira de Eucalyptus tereticornis.


Fonte: REMADE

Suzano abre Programa de Estágio 2012


As vagas são nas Unidades de Suzano e Embu

segunda, 16 de abril de 2012
A Suzano Papel e Celulose está com inscrições abertas para novos talentos. A companhia, de base florestal, possui forte atuação no mercado mundial de papel e celulose de eucalipto.


A empresa oferece bolsa auxílio e benefícios. Os requisitos são formação acadêmica prevista para julho ou dezembro de 2013. Os interessados devem encaminhar currículo para o e-mail: recrutamento@marcondelli.com.br
Fonte: Celulose Online

Relator do Código Florestal adia entrega de relatório




19/04/2012

A entrega do documento ficou para o dia 23/4. Comentaristas do portal analisam o fato



O acordo firmado na semana passada que garantia a entrega do relatório do Código Florestal pelo deputado Paulo Piau (PT-RS)- seu relator - ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) não foi cumprido nesta semana e foi adiado para a próxima segunda-feira (23).

Em reunião com líderes partidários na última terça-feira (17) Piau anunciou que não poderia entregar o parecer. O deputado, segundo noticiário do jornal Valor Econômico, afirmou que existem pontos que precisam de um acerto final com o governo. “A ministra Izabella Teixeira [do Meio Ambiente], por exemplo, quer o texto para fazer uma análise mais profunda", disse Piau.

Três questões do Código, segundo o relator ainda precisam de revisão, que são: as apicuns e salgados - áreas próximas a manguezais -, o método de recomposição de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e a biopirataria. A principal discussão gira em torno das APPs. "Vamos corrigir o texto que veio do Senado, provavelmente com um projeto de lei. Estamos criando um formato para ajudar o pequeno e o médio produtor", disse Piau ao jornal Valor.

O relator informou que as faixas mínimas e máximas de recomposição de vegetação nas APPs serão mudadas. A bancada ruralista não aceita a recomposição, prevista no texto do Código aprovado pelo Senado. Já os ambientalistas querem obrigar os proprietários a repor o que foi desmatado.

Indiferente à demora na entrega do relatório, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) decidiu que votará o texto que for apresentado. Os deputados ruralistas preferem decidir agora a deixar o governo ganhar tempo e atrasar a votação.

A demora na definição com relação à reforma do Código Florestal brasileiro divide opiniões e tem repercutido muita discussão no País. Para o advogado ambientalista e tributarista, Evandro Grili, sócio de Brasil Salomão e Matthes Advocacia, o que mais emperra a conclusão dos fatos é um questão política. “O Governo está com medo de aprovar um Código Florestal que aos olhos dos ambientalistas favorece o setor do agronegócio e pode causar má impressão e constrangimento ao governo às vésperas da Conferência da ONU, que acontece no Rio de Janeiro, em junho (Rio + 20)”. O advogado destaca que ao mesmo tempo, o Planalto já percebeu que os ruralistas têm força para aprovar o projeto. “A questão é toda política. Está tudo pronto pra ser votado. Não falta mais nada. É só pautar”.

Já o engenheiro florestal e docente da Universidade Federal de Viçosa, Sebastião Renato Valverde, diz que a situação que impede a vigência do novo Código tem semelhância com um outro fato histórico na legislação do país. Ele lembra que em 1961, o presidente Jânio Quadros instituiu uma comissão para reformular o primeiro Código para criar o segundo e ressalta que essa comissão avançou nos trabalhos até o ponto de se dimensionar o tamanho das APPs. “Enquanto se propunha proteger as áreas com função hidrológica na propriedade rural (as APPs), só havia consenso nesta comissão, mas quando um de seus membros alertou, que pela constituição daquela época (a CRFB 1946), haveria necessidade de se determinar o quanto deveria ser o tamanho das APPs, a discórdia passou a emperrar o andamento dos trabalhos”.
O professor afirma que o fato tem explicação para aquela época, que ao contrário de agora, tinha uma Constituição centralizadora. “Não há nada que justifique o fato dos parlamentares atuais terem perdido tanto tempo para propor uma lei com os mesmos vieses do Código da década de 60”, diz.
Valverde analisa que os entraves diante das discussões do Código são as insistências dos parlamentares em parametrizar uma lei que deveria se pautar, na opinião dele,  pelo Princípio da Discricionariedade e pelo respeito aos artigos 23, 24 e 30 da CRFB de 1988 – que delegam a Estados e Municípios legislarem. “Outra estupidez que leva a este estado letárgico é a imposição da reserva legal, instituto este inventado no Brasil e copiado apenas por outro país, onde nele nada se cria, tudo se copia.
Enfim, é o jeito brasileiro de legislar, criando leis que não respeitam a realidade, levando a mesma a ignorar o Direito”, expressa.

No que se refere às APPs, o advogado Evandro Grili concorda que é um dos assuntos mais polêmicos para os acertos finais e aprovação do novo Código. “A verdade é que temos inúmeras culturas agrícolas e ocupações de APP no Brasil que datam de antes mesmo do novo Código Florestal brasileiro. A Constituição é clara no sentido de que as leis novas não podem retroagir”. O advogado esclarece que o Código Florestal de 1965 não poderia retroagir para atingir estas ocupações de APPs. “Aí sobrou para o novo Código Florestal o encargo de solucionar esse problema. Ao meu ver o mecanismo adotado com áreas já consolidadas, recuperações de parte das APPs é um modelo bem adequado. Faz o meio termo entre proteção ambiental e produção agrícola”. Tudo o mais é jogo político e pressão de ONGs.

Valverde aposta no ajuste do texto no tocante à recomposição das faixas das APP, “sobretudo da margem dos cursos d'água”, pois destaca que são justamente agricultores familiares e os pequenos produtores que sobrevivem destas áreas. “Caso eles tenham que abdicar destas para cumprir a lei como está, há o risco disso gerar um grande exôdo rural, mais do que já está ocorrendo. Protege-se o ambiente e gera-se um caos social que esta imposição legal. Por isso há que se ajustar o texto da lei”, opina.

Fonte: CeluloseOnline


quinta-feira, 19 de abril de 2012

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Uma nova realidade de florestas plantadas


No Extremo Sul da Bahia, o Programa Produtor Florestal (PPF) da Veracel Celulose S.A., pode ser considerado um exemplo de parceria entre produtores rurais e empresa privada que tem dado certo.

terça, 17 de abril de 2012

Esta pareceria para incentivar a produção de eucalipto como uma alternativa a mais de geração de renda possibilitou a um grupo de produtores rurais da região, a conquista de um feito até então inédito no Brasil: a primeira dupla Certificação em Manejo Florestal, para um grupo de 16 propriedades de florestas plantadas.

Criado com o objetivo de suprir a demanda de matéria-prima para a produção de celulose, o Programa Produtor Florestal (PPF) tem se destacado como alternativa na diversificação de culturas por parte dos proprietários rurais, sendo mais uma fonte de renda.

A parceria produtores florestais e Veracel Celulose tem dado certo e a conquista da dupla certificação reforça que, assim como a empresa, os produtores florestais também se preocupam com a sustentabilidade de sua produção. As certificações comprovam que a diversificação da cultura com o plantio de eucalipto em suas propriedades, além de ser uma alternativa economicamente viável, pode ser também ambientalmente correta e socialmente justa.

A Certificação FSC® evidencia a conformidade destas ações, consolidando as operações do Programa nas melhores práticas de manejo florestal com parâmetros internacionais.

Já a certificação Florestal Cerflor, garantiu não só o mercado internacional, mas provou que um negócio lucrativo também pode ser ambientalmente correto e socialmente justo.

De acordo com o gerente de compras de terras da Veracel, Wellington Rezende, o PPF surgiu não só como uma excelente oportunidade de suprir a necessidade de madeira para a produção da fábrica, mas também como uma importante alternativa à geração de renda para a região. “Com o Programa Produtor Florestal, a Veracel ao invés de comprar terras, ela incentiva o plantio, possibilitando uma maior geração de renda para a região, uma melhoria na situação social das comunidades e funcionários de propriedades e ainda, promove a preservação do meio ambiente”, analisa Rezende.

O processo de busca pela certificação criou uma nova perspectiva para a região, promovendo mudanças que beneficiaram produtores, funcionários e o meio ambiente. A melhoria nas condições de moradia, saúde e educação dos trabalhadores das propriedades foram bastante significativas. Todas as casas das propriedades passaram a ter água potável e banheiro com condições boas de higiene. O reforço no cumprimento das legislações aplicáveis e utilização Equipamentos de Proteção Individual (EPI) indicados para as sua atividade, passaram a ser realidade nas propriedades.

“Nossas casas foram reformadas, todo o lixo é separado de acordo com o material de que ele é feito, estamos utilizando EPI todo certinho. As mudanças foram muito aparentes. A gente aqui é como uma família”, conta o trabalhador rural Miguel da Silveira Costa, que há 15 anos trabalha na fazenda Serra da Jandaia/Amizade. As mudanças contemplaram não só as questões sociais, mas a consciência ambiental também foi reforçada para todos os integrantes do processo. Como parte das destas ações ambientais, alguns produtores florestais realizaram o plantio intensivo de mudas nativas.

“Sou a única mulher a estar participando deste programa de plantio intensivo e não sei se vou chegar a ver essas mudas crescidas, mas com certeza essa é uma as formas de garantir que os filhos do meu sobrinho irão conhecer tantas árvores da Mata Atlântica na nossa propriedade. Fiz questão de plantar a primeira muda. Foi um Ipê Roxo (tabebuia impetiginosa)”, destacou a produtora rural, Aldir Grillo, da Fazenda Sossego, em Porto Seguro, que ampliou seu projeto de recuperação de mata nativa, se aliando a uma estratégia do Instituto BioAtlântica e de instituições parceiras para o estabelecimento de um corredor ecológico para conexão dos Parques Nacionais Pau-Brasil e Monte Pascoal.

E foi esta experiência desta produtora florestal da Veracel que atraiu a atenção de mais de 30 especialistas de diversos países – Finlândia, África do Sul, Inglaterra, Portugal, França, Estados Unidos, Malásia, Indonésia, Chile, Uruguai, entre outros – em março, em uma visita de campo para conhecer práticas florestais sustentáveis. A ocasião foi o encontro anual do projeto New Generation Plantations (NGP – Nova Geração de Plantios), desenvolvido pelo WWF internacional e trazido ao país pelo WWF-Brasil. A reunião no Brasil para discutir como as plantações florestais podem contribuir para a manutenção dos serviços dos ecossistemas e ao mesmo tempo prover recursos para atender o consumo de uma população cada vez mais crescente no mundo criou a oportunidade.

Após todo o processo de transformações sociais, econômicas e ambientais, de certificação e de aquisição dos selos certificadores, a 1ª primeira árvore do Programa Produtor Florestal da Veracel (PPF) foi cortada. Com 8,5 anos de idade de plantio, a árvore do talhão 16, clone 245, da Fazenda da Genebra/Santa Rosa (PF001), em Belmonte/BA, media 38,5 metros de altura total, 90 cm de circunferência e 28,6 cm de DAP (Diâmetro à Altura do Peito). O primeiro plantio desta propriedade foi realizado no dia 03 de junho de 2003. “Optamos pelo plantio de eucalipto porque era a melhor alternativa na época. Espero que os próximos plantios continuem superando as nossas expectativas”, disse Helder Elias, proprietário da área.

Com o inicio dos cortes das árvores de eucaliptos certificados, o primeiro carregamento de madeira de eucalipto foi entregue à fábrica da Veracel, no dia 24/02. Seguindo o processo de produção de celulose, na manhã do dia 27/02, foi então produzido o primeiro fardo de celulose obtido a partir desta carga de madeira. Suscitando mais um marco histórico para a empresa.

“A colheita e a entrada da madeira 100% certificada na fábrica é a confirmação de tudo que planejamos com a implantação do PPF em 2003. Esse é o resultado da parceria Veracel/Produtores Florestais”, afirmou o diretor florestal, Sérgio Borenstain.

Produtores Florestais e Veracel compartilham conhecimento com as comunidades
A Associação de Produtores de Eucalipto do Extremo Sul (ASPEX) é uma das parcerias já firmadas para a realização da primeira edição do Programa Ação e Cidadania. “Nosso objetivo é participar de ações que beneficiem a comunidade como um todo, não apenas as famílias que vivem nas fazendas de produtores associados a Aspex”, disse Gleison Araújo, presidente da ASPEX.
A entidade e a Veracel levarão até a comunidades próximas às operações florestais palestras e atividades com informações nas áreas de saúde, segurança no trânsito, educação alimentar, entre outros. “Estamos identificando outros assuntos de interesse das comunidades”, explicou a especialista em Responsabilidade Social da Veracel, Izabel Bianchi.
Além de cumprir as condicionantes de seu licenciamento ambiental de operacão, a Veracel Celulose tem buscado parceiros para compartilhar conhecimento nas comunidades onde atua.
Desta forma, também se estabelece a oportunidade de fortalecer o canal direto de comunicação entre a empresa, os produtores florestais e seus vizinhos.
A primeira comunidade a receber a programação é a comunidade de Santa Rita, no município de Itabela.



Fonte: Painel Florestal.

Primeira ferramenta do mundo para extrair látex é lançada em São Paulo



Faca automatizada agiliza a sangria nos seringais e já está sendo comercializada

quarta, 18 de abril de 2012

Uma ferramenta inédita para extrair látex foi apresentada em São Paulo. Com o nome de FAS2, a nova faca automatizada promete revolucionar a atividade. “A sangria é muito difícil e incômoda. Foi pensando em melhorar as condições dos trabalhadores, que desenvolvi o equipamento com ergonomia adequada para os seringueiros”, diz Gimário Libório, empresário que desenvolveu o produto.


A FAS2 possui um mecanismo inteligente, que trava ao entrar no cerne da árvore, alcança 98% dos vasos da planta, com amplo aproveitamento dela. O método tradicional, de sangria manual, aproveita 60% dos vasos. Outra vantagem oferecida do produto é a agilidade. Enquanto um trabalhador sangra três árvores por minuto, a máquina sangra dez.


De acordo com Libório, a FAS2 é muito fácil de ser manuseada e vai possibilitar que o trabalhador seja capacitado em apenas um dia. Hoje são gastos três meses para tornar um trabalhador apto para a prática da sangria. O produto foi testado por seis meses em diversos seringais brasileiros e já está disponível para ser comercializado. A sugestão de preço ao consumidor final oscila entre R$ 3,4 mil e R$ 3,8 mil.


“O reconhecimento da ferramenta desenvolvida pelo empreendedor é resultado de um planejamento que contou com a participação do Sebrae em todas as etapas”, diz José Carlos Cavalcante, gerente do Sebrae regional de Presidente Prudente.
Fonte: Globo Rural

Balanço final do Três Lagoas Florestal


Um sucesso sob todos os aspectos

quarta, 18 de abril de 2012

Os números oficiais do Três Lagoas Florestal:

_ Expositores cadastrados: 409

_ Visitantes do setor florestal: 2.969

_ Profissionais de imprensa: 108

_ Estudantes (engenharia, agronomia, senac, senai,etc): 2.067

_ Visitantes da cidade e região (comunidade, produtores rurais, empresários, comerciantes, profissionais liberais, etc): 9.712

Total de visitantes: 15.210

_ Audiência média/transmissão ao vivo INTERNET: 2.500/dia de 15 países diferentes

_ Participantes das palestras ao longo dos 3 dias: 3.407 (cadastros diferentes)

_ Participação nas visitas técnicas: 360 pessoas em média

_ Estandes montados: 112

_ Marcas em exposição: 143

Volume de negócios estimados: R$ 42.000.000*

*Valores divulgados pelas empresas em negócios fechados e prospectados durante o evento

Cobertura da TV Morena (Rede Globo) mostra que os objetivos do Três Lagoas Florestal foram alcançados:
http://www.painelflorestal.com.br/noticias/tres-lagoas-florestal/14716/tv-morena-afiliada-da-rede-globo-divulga-o-tres-lagoas-florestal
Fonte: Painel Florestal

Dilma pode inaugurar fábrica de celulose da Eldorado em Três Lagoas

A afirmação é do empresário Mário Celso Lopes, membro do Conselho de Administração

terça, 17 de abril de 2012

O convite para a presidente Dilma Roussef inaugurar a fábrica de celulose da Eldorado em Três Lagoas já está no Palácio do Planalto, segundo o empresário Mário Celso Lopes, membro do Conselho de Administração, que acredita na presença da presidente Dilma Rousseff para a inauguração pelo porte do empreendimento.

Os números impressionam quando se fala do volume de investimentos e da dimensão do projeto. A produção inicial será de R$ 1,5 milhão de toneladas/ano. Entre os meses de outubro e novembro entra em fase de montagem e operação. Encravada na confluência das hidrovias do Tietê e São Paulo, a fábrica ocupa área total de 8.920.000 m2, sendo 5.700.000 m2 da unidade industrial, e 3.220.000 m2 de área preservada.

Os investimentos chegam a R$ 6,2 bilhões. Desse volume, R$ 1,8 bilhão já foi integralizado no capital da empresa, que tem participação dos grupos J&F (JBS) com a maior participação acionária, de 50,15%%; FIP Florestal, 33,13%, e grupo MJ, com 16,72%. O aporte do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) é de R$ 2,5 bilhões. Os fundos de pensão do Banco do Brasil e da Caixa também são acionistas, por meio da FIP Florestal.
PRINCÍPIOS SOCIOAMBIENTAIS

De acordo com o site oficial do empreendimento, pela própria origem do seu negócio a Eldorado adotará as melhores tecnologias e práticas comprovadas para fabricação de celulose. “Os padrões estabelecidos pela Eldorado para emissões atmosféricas, geração de efluentes líquidos e resíduos sólidos, são bem abaixo dos limites estabelecidos pela legislação”, informa o site.

A Eldorado busca atingir o circuito fechado do processo produtivo, a começar pela energia gerada na fábrica, proveniente da lignina extraída no processo do cozimento e resíduos de madeira do pátio. Além de a futura fábrica ser autossuficiente em energia, aplicará o método de compostagem nos resíduos sólidos do processo, utilizando-os nas florestas de eucaliptos como fertilizantes, a fim de evitar o uso de aterros.

A gestão baseada em sustentabilidade será aplicada desde o campo, já na etapa de coleta da madeira. O processo de colheita com equipamentos Harvester permitá retirar as cascas das árvores dentro da própria área de plantio, deixando-as no terreno de forma distribuída e sem a necessidade de tratamento adicional. A técnica é ambientalmente vantajosa. Como boa parte dos nutrientes contidos nas árvores é encontrada na casca, nos galhos e nas folhas, mantê-las na floresta evita a erosão do solo, dispensando o uso de uma série de fertilizantes para sua recuperação.

A Eldorado vai conduzir toda a cadeia de produção e industrialização do eucalipto – do plantio ao transbordo da celulose até os portos, garantindo assim custo de produção mais baixo.
Fonte: Perfil News

Parecer de Código Florestal será apresentado na 2ª


Por falta de acordo em três pontos, Piau pediu, apoiado pela bancada ruralista, mais tempo para negociar o texto final.

quarta, 18 de abril de 2012

Por falta de consenso, o parecer do novo Código Florestal só será oficialmente apresentado na próxima segunda-feira, um dia antes da votação, informou nessa terça a assessoria do relator da proposta, deputado Paulo Piau (PMDB-MG).

Quando anunciou acordo que definiu a data de votação do código para dia 24 deste mês, o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), determinou que o relator apresentasse o parecer nessa terça-feira, por considerar que a divulgação do texto com antecedência facilitaria a discussão do polêmico projeto.

Mas por falta de acordo em três pontos, Piau pediu, apoiado pela bancada ruralista, mais tempo para negociar o texto final.

Maia garantiu que a votação está mantida para o dia 24 deste mês.

De acordo com o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Moreira Mendes (PSD-RO), o pedido de mais tempo partiu do próprio relator, na tentativa de produzir um texto de "consenso".

A bancada ruralista endossou a sugestão de Piau, apesar de ter pressionado, semanas antes, pela definição de uma data para votação do código, enquanto o governo trabalhava pelo adiamento da discussão para depois da conferência da Organização das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável Rio+20, que ocorrerá no Brasil em junho.

"Eu acho que vale a pena esperar mais dois ou três dias", disse Mendes, lembrando que o prazo maior para apresentação do texto final não interfere na data de votação do código. "Esse assunto já foi amplamente discutido e o dia da votação está mantidíssimo."

O código já está em discussão há mais de uma década e tem sido foco de divergências, principalmente nos trechos em que trata da regularização de áreas de preservação ocupadas antes de 2008.

De acordo com o presidente da frente, o principal ponto de tensão para fechar o texto do parecer continua sendo a questão das Áreas de Preservação Permanente (APP) - regiões de proteção ao longo de rios, em encostas e topos de morro.

Ruralistas advogam por regras mais flexíveis para APPs, sob o argumento de que as exigências podem inviabilizar a produção em certas propriedades.

Ambientalistas, por sua vez, encaram a flexibilização de regras como um retrocesso nas leis de proteção.
Fonte: Agronotícias

Empresa Júnior da Unesp esteve no Três Lagoas Florestal


Empresa atraiu investimentos e oportunidades de estágio
Acadêmicos do curso de Engenharia Florestal, da Unesp de Botucatu (SP), estiveram presentes no Três Lagoas Florestal. Como expositores no estande da Neutraliza, eles fecharam novos contratos e ainda receberam propostas de estágio de várias empresas. 
A Conflor é uma empresa que tem aproximadamente 30 sócios, alunos de todos os anos do curso, que atendem principalmente pequenos e médios produtores, atuando com projetos, cursos e palestras nas áreas de silvicultura, inventário florestal, controle de doenças e plantas daninhas, implantação de viveiros florestais, monitoramento nutricional, tecnologia da madeira, paisagismo e silvicultura urbana, recuperação de áreas degradadas, manejo de florestas e solos, além de elaboração de projetos em novas áreas do mercado florestal.Somente em Três Lagoas eles atuam há seis anos, desenvolvendo inventários florestais, em parceria com a três-lagoense Pequi Florestal, e ainda farão o dimensionamento e planejamento de uma empresa local, a Neutraliza, que vai iniciar atividades em agosto, no ramo de tratamento de madeira para diferentes usos.
De acordo com Camila Albuquerque, Nadia Boareto, Thiago Amaral e Humberto Eufrade, representantes da empresa na feira, o serviço é de alta qualidade com um diferencial: preços acessíveis. “É um alternativa ao pequeno e médio produtor que quer produzir madeira, sem arrendar”, frisou Humberto. Este ano a Conflor passará também a fazer o monitoramento nutricional de plantio de eucalipto. 

Fonte: Painel Florestal/Adaptado por CeluloseOnline - Publicado em 16/04/2012.
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